Um adolescente de 17 anos, identificado como Maxmiller Pacheco da Costa, foi encontrado morto no último domingo (6), em uma casa localizada na zona rural de Portel, no arquipélago do Marajó, no Pará. A Polícia Civil apreendeu a ex-namorada da vítima, de 16 anos, e prendeu o atual namorado dela, de 18 anos. Ambos são suspeitos de envolvimento no crime.
Maxmiller estava desaparecido desde o dia 4 de julho, quando saiu de casa para se encontrar com a ex-namorada. Os dois foram vistos pela última vez na Praia do Tucano, por volta das 18h. Após dois dias de buscas, um morador da região percebeu que o cadeado da casa de vizinhos estava arrombado. Ao entrar no local, encontrou o corpo do adolescente com cerca de 15 perfurações causadas por arma branca.
Segundo a investigação, o crime foi premeditado. A adolescente teria atraído Maxmiller até a residência com a intenção de matá-lo, em ação planejada com o atual companheiro. A jovem, inclusive, participou ativamente das buscas durante o desaparecimento.
A garota, por ser menor de idade, responderá por ato infracional análogo a homicídio, com possibilidade de internação. Já o jovem de 18 anos, identificado como Ismael, deve responder criminalmente e cumprir pena em regime fechado, caso seja condenado.
A Polícia Civil de Portel continua investigando o caso, que segue sob sigilo.
Sobre o adolescente
Maxmiller era estudante do 3º ano do ensino médio e trabalhava enquanto concluía os estudos. Era descrito por amigos e familiares como um jovem alegre, afetuoso e cheio de planos para o futuro.
“Maxmiller era um retrato da juventude que todos desejavam ver crescer. Estudante dedicado, vindo de uma família estruturada, praticante de esportes e já inserido no mercado de trabalho”, afirmou uma jovem em vídeo publicado nas redes sociais.
Comoção e protestos
O assassinato com requintes de crueldade causou forte comoção em Portel. Familiares, amigos e moradores da cidade usaram as redes sociais para pedir justiça, e uma página criada em homenagem a Maxmiller já ultrapassa cinco mil seguidores.
Na última terça-feira (8), dezenas de pessoas participaram de uma passeata pelas principais vias da cidade. Os manifestantes carregaram faixas e cartazes, exigindo agilidade nas investigações e que os responsáveis sejam punidos.


Reprodução/Redes sociais
Por: Lorrayne Rosseti | Revisão: redação
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