A moeda americana subiu 3,68% e fechou esta sexta-feira (4) em R$5,83. O governo chinês anunciou que vai impor tarifas de 34% em produtos oriundos dos Estados Unidos, além de colocar novos limites para as exportações chinesas de minerais importantes e escassos para a produção de chips usados para tecnologia nos EUA.
O mercado teme que outros países comecem a retaliar os Estados Unidos e a situação se torne uma guerra comercial fazendo com que o país norte-americano entre em recessão. O resultado de mais um dia de tensão no mercado financeiro refletiu nos índices das bolsas de valores pelo mundo. A Ibovespa teve a maior queda do ano: 2,96%. A bolsa japonesa caiu 3%, na Europa as quedas chegaram a 6.5% e nos EUA quase 6%.
Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei de Reciprocidade Comercial, autorizando o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil. O texto segue para sanção presidencial.
Como líderes mundiais reagiram ao “tarifaço”.
- A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as tarifas constituem um “duro golpe à economia mundial”. Também declarou que o bloco está “preparado para responder”.
- Na Alemanha, o chefe de Governo, Olaf Scholz, considerou que as decisões de Trump são “fundamentalmente erradas” e “constituem um ataque contra uma ordem comercial que criou prosperidade em todo o mundo”.
- Na França, o presidente Emmanuel Macron pediu que as empresas europeias suspendam os investimentos planejados nos EUA.
- No Reino Unido, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse a empresários do país que as medidas terão “um impacto econômico, tanto a nível nacional como mundial”.
- O ministro japonês do Comércio do Japão, Yoji Muto, disse que “Transmiti que as medidas tarifárias unilaterais adotadas pelos Estados Unidos são extremamente lamentáveis e pedi para não aplicá-las ao Japão”.

formado em jornalismo desde 2007. Possui mais de 20 anos de experiência em televisão com passagens por Band, Record e SBT. atualmente é editor-chefe no jornalismo do SBT