Entidade sul-americana mobiliza atletas e autoridades em ação por mais respeito e igualdade nos gramados
A Conmebol anunciou nesta terça-feira (8) uma nova campanha contra o racismo, violência e toda forma de discriminação no futebol sul-americano. A entidade compartilhou a iniciativa nas redes sociais com um vídeo em que participaram 11 jogadores que disputam a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana.
São eles: Everton Ribeiro (Bahia), Matheusinho (Vitória) e Romero (Cruzeiro), além de outros nomes como Izquierdoz (Lanús), Kevin Gutiérrez (Defensa y Justicia), Vicente Rodríguez (Caracas), José Quintero (LDU), Yotún (Sporting Cristal), Hernán Barcos (Alianza Lima), Juanfer Quintero (América de Cali) e Edison Flores (Universitário).
A campanha chega depois da posição da entidade em relação ao caso de injúria racial cometido por um torcedor do Cerro Porteño a Luighi, enquanto o atacante do Palmeiras deixava o campo na vitória do time brasileiro pela Libertadores Sub-20, em 16 de março, no Paraguai. O episódio ganhou repercussão após o jogador chorar em entrevista enquanto comentava o caso.

O time paraguaio foi multado em 50 mil dólares e teve que jogar o restante do torneio com portões fechados, em uma decisão considerada branda em diversos comentários. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, classificou a medida como “ridícula” e publicou uma nota oficial cobrando medidas mais duras da Conmebol.
Com o aumento das denúncias, a Conmebol chamou para o fim de março um evento no Paraguai para debater formas de combate ao racismo no futebol, com a participação de cartolas, autoridades políticas e ex-jogadores, como Ronaldo, Tévez, Léo Moura, Lugano, Caniggia e Ruggeri.
As fases de grupos da Libertadores e Sul-Americana continuam nesta semana com o início da segunda rodada da fase de grupos dos torneios. A promessa da entidade é de seguir intensificando ações educativas e punitivas para combater atos discriminatórios dentro e fora dos gramados.
Por Joana Fox l Revisão Sara Santos