O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente reside nos Estados Unidos, intensificou suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. Em declarações públicas, Eduardo afirmou que o Judiciário brasileiro foi “capturado” por interesses políticos ligados à esquerda e passou a perseguir opositores.
Segundo ele, a existência de um pedido de prisão contra si reforçaria essa tese. O ex-parlamentar também relembrou episódios como o bloqueio de ativos da empresa Starlink no Brasil e a retenção do consultor político americano Jason Miller em um aeroporto brasileiro, afirmando que esses fatos demonstram o alcance autoritário das decisões de Moraes.
Em 20 de março de 2025, Eduardo Bolsonaro solicitou uma licença de 122 dias do mandato parlamentar, sendo dois dias para tratamento de saúde e 120 dias para tratar de interesses pessoais. Durante esse período, ele mudou-se para os Estados Unidos, onde permanece até o momento. Segundo o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Eduardo deve retornar ao Brasil até o fim de julho.
Pedido de prisão e reação política
As declarações de Eduardo no exterior provocaram reações no Congresso. Em 23 de maio de 2025, o líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha, apresentou um pedido de prisão contra ele, alegando que as ações do ex-deputado configuram atentado à soberania nacional, por envolver apelos a governos estrangeiros contra um ministro da Suprema Corte brasileira.
Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes não comentou publicamente as acusações.
Por David Gonçalves – Correspondente MD News na Europa