A comissão de anistia do ministério dos direitos humanos reconheceu e concedeu o pedido de anistia política da ex-presidente da república Dilma Rousseff.
Com a decisão, ela deve receber o montante de 100 mil, valor máximo permitido, de forma única. Ela receberá ainda um pedido formal de desculpas do Estado brasileiro por violações apontadas no seu requerimento, durante o regime militar.
Os Conselheiros da comissão decidiram por unanimidade e aplaudiram de pé o resultado da sessão. O caso de Dilma foi o primeiro a ser analisado, outros 95 processos aguardam por análise.
Relembre a cronologia dos fatos
A ex-presidente Dilma Rousseff foi presa aos 22 anos, em 1970, enquanto fazia parte de um grupo de resistência ao regime militar. Após a prisão ela relata ter sofrido diversas violações de direitos, além de tortura.
Segundo a sua defesa, ela foi obrigada a abrir mão do cargo público que exercia, precisou prestar novo vestibular e cursar todas as disciplinas novamente, depois de ter ficado 13 anos presa. Fato que teria atrasado sua formação em economia.
O pedido de anistia foi protocolado em 2002 e precisou ser suspenso; na época Dilma ocupava cargo público. Em 2016 , após o impeachment que enfrentou defendeu que o processo fosse retomado, no entanto, o pedido foi rejeitado em 2022 só voltando a ser analisado agora em 2025 quando houve a concessão.
Dilma Rousseff vive atualmente na China, onde preside o Novo Banco de Desenvolvimento, que integra o BRICS por um salário de 290 mil.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação
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