Uma comitiva de senadores brasileiros alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro embarca no próximo dia 17 de setembro para a Itália com o objetivo de acompanhar a situação da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente detida na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma.
Entre os parlamentares confirmados na viagem estão Damares Alves (Republicanos-DF), Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE). O gesto dos senadores tem como meta sensibilizar autoridades italianas para que Zambelli possa aguardar o julgamento em regime de prisão domiciliar, ao invés de permanecer na unidade prisional.
Os parlamentares também pretendem solicitar uma audiência com o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, na tentativa de reforçar a pressão diplomática e destacar o peso político da situação. A iniciativa ocorre após Zambelli demonstrar frustração pública com a falta de apoio da direita brasileira.
Em paralelo, sua irmã afirmou nas redes sociais que o PL, partido de Jair Bolsonaro, teria “abandonado” a deputada em meio ao processo de extradição. Para analistas, a movimentação é parte de um jogo de xadrez entre Brasília e Roma.
Embora não haja garantias de mudanças imediatas, o envolvimento direto de senadores brasileiros amplia a visibilidade internacional do caso e reacende o debate sobre o apoio político a Carla Zambelli. A iniciativa também pode ser considerada um luz no fim do túnel em torno de possíveis alternativas humanizadas de custódia durante o processo de extradição ao Brasil.
Por David Gonçalves, correspondente MD News na Itália | Revisão: Redação
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