Uma mulher de 47 anos foi presa nesta quinta-feira (17) em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, suspeita de aplicar golpes financeiros contra aposentados e pensionistas. De acordo com a Polícia Civil, a investigada se passava por advogada previdenciária para enganar vítimas, especialmente idosos.
As investigações começaram após o registro de três boletins de ocorrência, todos com relatos semelhantes. A falsa advogada oferecia ajuda para “reaver valores perdidos” ou aumentar a aposentadoria junto ao INSS. Com isso, convencia os idosos a entregar cópias de documentos pessoais e realizar videochamadas, acreditando estarem em contato com representantes oficiais do órgão.
No entanto, os dados fornecidos eram usados para abrir contas bancárias digitais em nome das vítimas. A criminosa então solicitava empréstimos, cartões de crédito e fazia compras online, direcionando tudo para o próprio endereço.
Durante o cumprimento de mandado de busca, a polícia encontrou:
Mais de 20 cartões bancários em nome de terceiros, diversos documentos de identidade, quatro máquinas de cartão, uma encomenda de loja virtual, contendo uma boneca comprada com dinheiro de uma das vítimas, um veículo, que pode ter sido adquirido com recursos dos golpes.
Em um dos casos, um idoso de 67 anos teve R$ 15 mil utilizado sem autorização. Já outra vítima, de 57 anos, teve empréstimos de mais de R$ 50 mil contratados indevidamente. A suspeita chegou a alertar uma das vítimas, em áudio enviado por aplicativo de mensagens, dizendo que havia “muitos golpistas na cidade” e que era preciso cuidado, tentativa de criar confiança para manter o golpe.
Ao ser interrogada, ela alegou que o carro foi comprado com ganhos em jogos virtuais. A versão será confrontada com as provas reunidas pela investigação. A corporação reforça que idosos e familiares devem desconfiar de ofertas para revisar aposentadorias ou benefícios. Em caso de dúvida, é fundamental procurar os canais oficiais do INSS ou procurar a Delegacia mais próxima.
A Polícia Civil segue apurando o caso para identificar novas vítimas e possíveis cúmplices.
Por Kâtia Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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