Uma confusão envolvendo policiais militares e civis ocorreu no último sábado (31) no município de Laranjal do Jarí (AP), a 320km da capital Macapá, durante o evento Fest Castanha. O ocorrido deixou duas pessoas feridas e outras duas foram a óbito. As vítimas fatais, pai e filho, foram identificadas como Salvando Pereira Monteiro, 43 anos e Jesus Aragão Monteiro, 23.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que se inicia uma discussão e logo após, disparos de arma de fogo feitos por policiais militares que estavam de folga. Os policiais foram afastados para investigação após o ocorrido e o velório das vítimas acontece neste domingo (01). Salvando e Jesus, trabalhavam como extrativistas de castanha e açaí; Salvando deixa esposa e uma filha grávida.
Em nota a prefeitura se manifestou cancelando o evento e se solidarizando com a família:

Os dois policiais envolvidos seguem afastados enquanto a polícia militar do Amapá investiga o caso. Em nota, informou que medidas administrativas já estão sendo tomadas e que uma delas é o afastamento dos PMs, o que já foi feito inicialmente. Veja na íntegra:
A Polícia Militar do Amapá informa que tão logo tomou conhecimento dos fatos ocorridos em uma festividade no Distrito do Cajari, na região do Vale do Jari, na madrugada deste sábado, 31, envolvendo policiais militares da instituição, tomou as seguintes medidas:
1. Afastou imediatamente de suas funções os militares envolvidos;
2. O Comandante-Geral determinou a apresentação e prisão dos militares na delegacia de Polícia Civil, pelo comandante do 11° Batalhão, responsável pelo policiamento na localidade;
3. O comandante também determinou a apresentação das armas envolvidas no fato à delegacia de Polícia Civil;
4. Por fim, o acionamento da Corregedoria-Geral para abertura de procedimento apuratório quanto à conduta adotada pelos policiais militares envolvidos na ocorrência.
A Polícia Militar está prestando total auxílio aos demais órgãos envolvidos na apuração deste fato e com isso reafirma seu inabalável compromisso com a legalidade e legitimidade de suas ações, firmes no objetivo de bem servir e proteger a sociedade amapaense.
O caso gerou muita indignação nas redes sociais e entre a população da cidade que pede transparência nas investigações.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação
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