O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou em coletiva realizada em Teresina (PI), neste sábado (5), a compra de novos antídotos para o tratamento de pessoas intoxicadas por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.
Segundo o ministro, o governo adquiriu 2.500 unidades de fomepizol, medicamento usado para neutralizar os efeitos da substância tóxica, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O fornecimento será feito por um laboratório do Japão e deve chegar ao Brasil na próxima semana.
“Além do etanol farmacêutico, que já está sendo distribuído, teremos agora o fomepizol como reforço importante para salvar vidas”, destacou Padilha. Ele também agradeceu a OPAS e ressaltou a relevância da cooperação internacional na ampliação do acesso a tratamentos.
Ampliação do estoque
O Ministério da Saúde confirmou a ampliação do estoque de etanol farmacêutico, outra substância utilizada para o tratamento de intoxicação por metanol. Atualmente, o país possui 4.300 unidades, e na próxima semana serão entregues mais 12 mil ampolas fabricadas pela indústria nacional. O governo federal continua negociando a aquisição de 60 mil novas ampolas para reforçar a rede hospitalar.
Casos sobem para 127 no Brasil
Conforme o último boletim da pasta, as notificações de intoxicação por metanol no Brasil aumentaram para 127. Desses, 11 notificações foram confirmadas em laboratório.
Até agora, 12 mortes suspeitas foram registradas: uma confirmada em São Paulo e outras 11 em investigação, incluindo oito no estado paulista, uma na Bahia, uma em Pernambuco e uma no Mato Grosso do Sul.
Na sexta-feira (3), os estados da Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul noticiaram as duas primeiras notificações de casos suspeitos, ampliando o alerta no país sobre o consumo das bebidas adulteradas.
Alerta para a população
O Ministério da Saúde reforça que a ingestão de bebidas de procedência duvidosa pode levar a graves intoxicações e até à morte. A pasta orienta que a população denuncie irregularidades e evite o consumo de produtos sem registro ou comercializados clandestinamente.
Por Aline Feitosa | Revisão: Pietra Gomes
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