O Grupo Silvio Santos recebeu do Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), a licença definitiva para operar no mercado brasileiro de apostas esportivas e jogos online. A informação foi publicada pelo colunista Ricardo Feltrin, no portal F5, da Folha de S.Paulo. Na autorização que foi concedida na última segunda-feira (23), após o grupo desembolsar R$ 30 milhões e apresentar toda a documentação exigida pela regulamentação. A licença é válida até 2029.
A plataforma, batizada de Todos Querem Jogar (TQJ), será lançada até agosto e nasce como aposta da holding para ampliar sua atuação no ambiente digital. O projeto conta com a parceria da empresa britânica OpenBet, especializada em tecnologia para apostas e pertencente ao grupo Endeavor.
A TQJ reunirá três marcas diretamente ligadas ao legado de Silvio Santos: Telesena Bet, versão da tradicional Tele Sena voltada para apostas; Baú Bingo, inspirado no icônico Baú da Felicidade; e Bet do Milhão, que faz referência ao famoso programa “Show do Milhão”.
Segundo nota divulgada pelo grupo, o novo negócio será operado “de forma responsável, transparente e segura, promovendo práticas de jogo responsável, proteção ao consumidor e conformidade regulatória”.
Para impulsionar o lançamento, o grupo deve utilizar a estrutura e visibilidade do SBT, principal emissora da empresa, repetindo estratégias adotadas em campanhas da própria Tele Sena. Ainda não há uma data oficial para o início das operações, mas a previsão é que ocorra no início do segundo semestre.
Globo e Band já estão no mercado das bets
Com a entrada da TQJ no mercado, o Grupo Silvio Santos se junta à Globo, que atua com a marca criada em parceria com a MGM, e à Band, responsável pela plataforma Bandbet, na disputa pelo crescente mercado brasileiro de apostas esportivas reguladas.
Especialistas apontam que a movimentação dos grupos de mídia rumo ao setor de apostas representa uma estratégia de diversificação de receitas, aproveitando a popularidade dos conteúdos esportivos e o crescimento da economia digital no país.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Lais Queiroz
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