O Guaíba recuou da cota de inundação em alguns pontos, moradores de Porto Alegre (RS) seguem enfrentando dificuldades com ruas alagadas e bloqueios devido à cheia. Nesta quarta-feira (25), novas áreas da capital, especialmente na Região das Ilhas, registraram alagamentos. Em alguns locais, só é possível circular com o uso de barcos, veículos não conseguem atravessar.
A Defesa Civil de Porto Alegre, com apoio do Exército Brasileiro, está prestando assistência às famílias atingidas, principalmente àquelas que desejam deixar suas casas. Apesar da situação crítica, não há recomendação oficial para evacuação das residências. Segundo boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, ao menos 69 pessoas estão desabrigadas na capital.
Na vizinha Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o cenário também é preocupante. A cheia do Rio Jacuí bloqueia vias e atinge residências, o bairro Cidade Verde é um dos mais afetados. Até o momento, 286 moradores estão desalojados. Vale lembrar que o município foi um dos mais atingidos pelas enchentes de 2023.
Após breve alívio, o nível do Guaíba voltou a subir no Cais Mauá, área central da capital. Às 6h desta quinta-feira (26), o lago marcava 2,97 metros, ultrapassando novamente a cota de alerta, que é de 2,5 metros. Ontem, o nível chegou a atingir 3 metros, patamar considerado de inundação.
Na Usina do Gasômetro, o Guaíba registrava 3,43 metros. A cota de inundação nesse ponto é de 3,60 metros, o que mantém o risco elevado para novos alagamentos, especialmente se houver chuvas nos próximos dias.
As autoridades seguem monitorando a situação e reforçam os pedidos de cautela, especialmente em áreas mais vulneráveis.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: Onda polar atinge pico no Sul e Sudeste com geada, neve e temperaturas de até -8°C
