O humorista Cris Pereira divulgou na tarde do último sábado (27) um vídeo em suas redes sociais, no qual se manifesta pela primeira vez após ser condenado a 18 anos, 4 meses e 15 dias de prisão por estupro de vulnerável, decisão anunciada no último dia 25. Na gravação, ele nega as acusações e revela que permaneceu em silêncio até então por conta de sigilo judicial.
“Minha principal força vem justamente dos meus filhos. Eu assumi todos os meus cinco filhos, não só na forma de registro, burocrática, mas principalmente no amor e acolhimento. Minhas duas filhas mais velhas moravam comigo até pouco tempo atrás. Não moram mais porque se tornaram adultas, uma estuda arquitetura e a outra faz música”, declarou.
No vídeo, o humorista fala que foi absolvido em primeira instância “com méritos” e que realizou todos os testes e laudos exigidos, afirmando que os resultados foram favoráveis. A condenação, proferida pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ainda pode ser revista por meio de recursos.
A defesa já anunciou que recorrerá às instâncias superiores, ressaltando que a presunção de inocência prevalece até o trânsito em julgado.
Com a decisão, familiares saíram em defesa do humorista. Duas filhas dele, Caterine e Melissa de Freitas, defenderam a inocência do pai. Caterine publicou uma nota da equipe de advogados, enquanto Melissa republicou o vídeo em que o humorista se pronuncia sobre o caso.
A companheira de Pereira também se pronunciou. Ela lamentou o ocorrido e questionou os motivos da mãe da criança, autora da denúncia. Segundo ela, trata-se de uma disputa familiar.
Além delas, outra ex-companheira do humorista, identificada como Dê Freitas, divulgou um vídeo em defesa de Pereira, afirmando que ele é um bom pai e que não acredita nas acusações.
Relembre o caso
O humorista Cristiano Pereira da Silva, conhecido pelos personagens Jorge da Borracharia e Gaúcho no programa A Praça é Nossa, do SBT, foi condenado a 18 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra a própria filha, de 7 anos de idade.
A decisão foi revelada em reportagem do portal Leo Dias e confirmada pela jornalista Janaína Nunes.
Segundo a apuração, a denúncia partiu da mãe da criança, que relatou ter percebido “sinais de abuso” após uma das visitas da filha ao pai. A menina é fruto de um relacionamento breve entre os dois, que eram amigos de longa data.
De acordo com a advogada da vítima, Aline Rübenich, Pereira nunca teria assumido a paternidade de forma integral nem mantido convivência regular, mas, por insistência da mãe, a aproximação acabou acontecendo.
A condenação foi baseada nos artigos 216-A (importunação sexual) e 227 do Código Penal (agravante relacionado ao abuso). Apesar da sentença, o humorista permanece em liberdade enquanto recorre da decisão.
Em sua defesa, Cristiano Pereira nega as acusações e afirma ser alvo de alienação parental promovida pela mãe da criança.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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