O influenciador digital Hytalo Santos é investigado pelo Ministério Público da Paraíba por suposta “adultização” e exploração de menores em seus conteúdos online. A apuração, iniciada em 2024, ganhou repercussão após o influenciador Felca publicar um vídeo-documentário sobre o caso.
Por decisão da Justiça e do Ministério Público Paraibano, Santos está proibido de acessar redes sociais e de manter contato com os menores citados no processo, que apura a exposição de crianças e adolescentes em vídeos com teor sexual. Além disso, seus conteúdos foram desmonetizados.
Também foi solicitada a suspensão das operações de uma empresa de sorteios ligada ao influenciador. Os depoimentos dos adolescentes e de seus responsáveis seguem sob sigilo.
A conta de Kamylinha Santos, de 17 anos, participante do canal, também foi desativada. Em nota, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda informou que o bloqueio ocorreu porque a jovem, menor de idade, fazia publicidade para casas de apostas.
O promotor João Arlindo, da Promotoria de João Pessoa, afirmou que Hytalo nega as acusações de assédio sexual.
Ao G1, o Google, dono do YouTube, informou que “a empresa não foi intimada sobre a decisão, mas já vem tomando uma série de medidas relacionadas ao canal do influenciador, entre elas a desmonetização total dos vídeos e a remoção de conteúdos que feriram as diretrizes da plataforma”.
Hytalo promovia, desde 2020, um “reality show” com a participação de menores de idade, que se beijavam, falavam sobre namoro e realizavam danças com conotação sexual. Em sua defesa, declarou: “Minha casa vive cheia e minha família não é perfeita!”.
As denúncias feitas por Felca repercutiram no Congresso Nacional, levando o governo a apresentar o Projeto de Lei 2628, que “dispõe sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais”.
Por Paulo Octavio | Revisão: Daniela Gentil
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