O influenciador e empresário Gabriel Spalone, foi preso na noite deste sábado (27) ao pousar no Aeroporto Internacional da Argentina, em Buenos Aires, depois de ser incluído na Difusão Vermelha de Procurados da Interpol. Ele é alvo de mandado de prisão temporária por suspeita de participar de um esquema de desvio de R$ 146 milhões via PIX.
Gabriel havia sido preso na noite de sexta-feira (26) pela Polícia Federal no Panamá, mas foi solto por não haver ordem de prisão internacional.
O influencer era considerado foragido no Brasil deste terça-feira (23), após ser alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo contra crimes virtuais. Segundo o advogado de Spalone,Eduardo Maurício,ele deve passar por uma audiência de custódia nesta segunda-feira (29).
Maurício afirmou que vai solicitar habeas corpus e a exclusão de Spalone dos registros da Interpol, na tentativa de permitir que ele responda ao processo em liberdade. Ele disse ainda que a defesa já apresentou provas de inocência e um pedido de revogação da prisão preventiva no Brasil, que ainda aguarda decisão judicial.
Relembre o caso
Os agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prenderam, na manhã de terça-feira (23), dois suspeitos envolvidos em uma fraude de pouco mais de R$ 146,5 milhões. O principal alvo da ação foi o empresário e influenciador digital Gabriel Spalone, de 29 anos, que até então não havia sido localizado pela polícia.
A investigação ocorreu nos trâmites da Operação Dubai, que cumpriu mandados de prisão e quatro de busca e apreensão na capital paulista. A ação foi conduzida pela 1ª Delegacia da DCCiber (Fraudes Contra Instituições Financeiras Praticadas por Meios Eletrônicos).
O influenciador, que acumulava mais de 800 mil seguidores no Instagram, é sócio da Dubai Cash, empresa que se diz como instituição de pagamento cujo capital social é de R$ 5,3 milhões e tem sede na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, de acordo com a Receita Federal.
Segundo as autoridades, o golpe foi aplicado em fevereiro deste ano contra uma instituição bancária. As investigações apontam que os criminosos utilizaram a credencial de uma prestadora de serviços para desviar os valores.
O esquema envolveu 10 contas abertas junto à instituição financeira, que recebiam os recursos desviados por meio de transferências via Pix.
O advogado de Spalone disse considerar a prisão “ilegal” e “abusiva”. Em nota, ele afirmou que que a detenção causou constrangimento ilegal, que já que o influenciador “nunca sequer foi intimado pessoalmente para prestar esclarecimentos para o inquérito policial, e de qualquer outro ato da investigação”.
“Spalone já esclareceu e apresentou todas as provas formalmente via petição ao Ministério Público e juiz de São Paulo, que demonstram inexistir necessidade de prisão temporária ou até mesmo em conversão em prisão preventiva, e qualquer ato ilícito de sua autoria” comentou o advogado.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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