O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, em postagem no X (antigo Twitter), o telefonema com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na manhã desta segunda-feira (6). A conversa, que durou cerca de 30 minutos, reforçou a boa sintonia demonstrada entre os dois líderes durante o encontro que tiveram na ONU, no fim de setembro, em Nova York.
Lula destacou que a retomada do diálogo representa uma oportunidade para restabelecer a amizade de 201 anos entre os países.
“Considero nosso contato direto como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”, afirmou.
Convite para a COP30 e planos de novo encontro
Durante a ligação, o presidente brasileiro convidou Donald Trump para participar da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). Lula também sugeriu um encontro presencial durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia, proposta que, segundo ele, foi bem recebida por Trump.
“Nós concordamos em nos encontrar pessoalmente em breve. Sugeri a possibilidade de encontro na Cúpula da ASEAN, na Malásia; reiterei o convite a Trump para participar da COP30, em Belém; e também me dispus a viajar aos Estados Unidos”, disse Lula.
Negociações sobre tarifas e continuidade do diálogo
O secretário americano Marco Rubio e o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, deram continuidade às tratativas, acompanhados do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O tema central das negociações é a retirada da sobretaxa de 40% imposta pelo governo americano a produtos brasileiros.
O Itamaraty divulgou nota confirmando o diálogo e informando que os dois presidentes trocaram contatos diretos para manter a comunicação aberta.
“Do lado brasileiro, a conversa foi acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim”, informou o ministério.
Alckmin afirmou à imprensa que a conversa foi “melhor do que esperávamos” e se mostrou otimista com a possibilidade de revisão das tarifas e de avanço nas relações bilaterais.
Por Daniela Gentil
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