O ministro Alexandre de Moraes, autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja levado da Superintendência da Polícia Federal para o hospital DF Star, em Brasília. Bolsonaro passará por um procedimento cirúrgico para correção de hérnia inguinal bilateral, conforme solicitado por seus advogados.
A internação acontecerá nesta quarta-feira (24) e a cirurgia na quinta-feira (25). Na determinação, Moraes pediu à Polícia Federal a realização do transporte e segurança do ex-presidente de forma discreta, com desembarque nas garagens do hospital.
A força policial deverá posicionar pelo menos dois agentes na entrada do quarto hospitalar, além de manter equipes atuando na área interna e externa da unidade. “Está vedado o ingresso no quarto hospitalar de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos, salvo obviamente os equipamentos médicos, devendo a Polícia Federal assegurar o cumprimento da restrição”, decidiu o ministro.
Moraes também autorizou apenas Michelle Bolsonaro como acompanhante do ex-presidente. Na manhã desta terça,a defesa havia pedido também os filhos Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro como acompanhantes secundários, mas o ministro afirmou que qualquer visita deve ser autorizada previamente pelo Supremo.
A perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente tem um problema que afeta os dois lados da região da virilha – e precisa passar por cirurgia. De acordo com o parecer médico, o procedimento é classificado como eletivo, o que indica ausência de urgência imediata. Ainda assim, os especialistas avaliam que a cirurgia deve ocorrer no menor intervalo de tempo viável, conforme recomendação técnica.
A decisão ocorre no âmbito da Execução Penal nº 169. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado. A defesa do ex-presidente solicitou a intervenção médica após ele apresentar novas intercorrências de saúde no início de dezembro.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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