O ministro Alexandre de Moraes votou nesta terça-feira (9) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por envolvimento em um plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022.
O relator da ação penal solicitou a condenação de Bolsonaro pelos cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR):
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Organização criminosa armada
- Dano qualificado contra o patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
Segundo Moraes, Bolsonaro liderou o grupo que tramava o golpe
Além do ex-presidente, Moraes votou pela condenação de:
- Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-diretor-geral da Abin
- Almir Garnier – almirante de esquadra, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa
- Walter Souza Braga Netto – ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, candidato a vice-presidente em 2022
No caso de Ramagem, Moraes considerou a suspensão de crimes aprovada pela Câmara, mas votou pela condenação por abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada.
O voto de Moraes durou cerca de cinco horas e utilizou quase 70 slides para detalhar o relatório. O ministro dividiu sua manifestação em 13 pontos cronológicos, narrando como a organização criminosa teria atuado entre julho de 2021 e 8 de janeiro de 2023.
Por Aline Feitosa | Revisão: Daniela Gentil
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