O inquérito que apura a morte de Lázaro Barbosa, executado por policiais militares em junho de 2021 após uma fuga cinematográfica que espalhou terror pelo Distrito Federal e por Goiás, será reaberto. A decisão foi assinada pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, e concede um prazo de 80 dias para que a delegacia responsável apresente novas informações sobre o caso.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) alega ter recebido o inquérito policial com “informações incompletas”, sem laudos essenciais para uma análise penal. Entre as pendências estão o laudo cadavérico definitivo, o laudo necropapiloscópico (identificação pelas impressões digitais) e o confronto microbalístico das armas usadas na operação.
A promotoria ressaltou que não se trata de uma “reabertura” formal, já que o inquérito nunca foi oficialmente encerrado. O MP solicitou à polícia “providências essenciais” para esclarecer o caso, entre elas, ouvir o depoimento dos policiais que participaram da operação e juntar aos autos o laudo cadavérico definitivo.
A investigação ficará sob responsabilidade da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), que deverá apresentar um novo parecer em até 80 dias. São investigados pela morte de Lázaro os policiais Edson Luis Souza Melo Rocha, Cleiton Pereira de Paula, Ronyeder Rogis Silva, Arivan Batista Arantes e Joubert Teodoro Alves.
Relembre o caso
Lázaro Barbosa morreu em 28 de junho de 2021, após ser atingido por 38 tiros durante o que foi relatado como uma intensa troca de disparos. A perícia encontrou 14 projéteis no corpo do criminoso, e o relatório apontou que os policiais efetuaram 125 disparos no total.
Ele ficou 20 dias foragido e foi responsabilizado pelo assassinato de quatro pessoas da mesma família em Ceilândia (DF).
Em 9 de junho de 2021, Lázaro invadiu a chácara da família Vidal, matando Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. A esposa de Cláudio, Cleonice Marques de Andrade, 43, foi sequestrada e encontrada morta três dias depois, com um tiro na cabeça e indícios de violência sexual.
Por: Arthur Moreira | Revisão: Lais Queiroz
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