Uma mulher foi encontrada morta dentro de uma lixeira, na noite de segunda-feira (8), na Rua Edu Chaves, entre os bairros São João e Navegantes, na Zona Norte de Porto Alegre. O corpo, ainda não identificado, foi localizado por volta das 21h45min por equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) durante a coleta domiciliar.
Segundo a Polícia Civil, a vítima estava com mãos e pés amarrados com tiras de tecido, a cabeça envolvida por um saco plástico preto e a boca amordaçada com uma camiseta. Ela vestia apenas uma calça jeans, sem peças de roupa na parte superior do corpo. Além disso, apresentava um dos olhos roxo e outros indícios de agressões.
De acordo com o DMLU, o cadáver estava envolto em um cobertor e havia sido colocado dentro de um carrinho de lixo. O carrinho acabou sendo recolhido pelo caminhão compactador e o corpo ficou depositado na traseira do equipamento, junto aos resíduos.
“Os trabalhadores ficaram bastante assustados. Infelizmente, por vezes eles se deparam com situações assim durante os serviços de coleta. Não é uma profissão fácil”, afirmou o diretor de limpeza e coleta do DMLU, Alexandre Friedrich, conhecido como “Rei da Rua”.
DHPP trata o caso como prioridade
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conduz as investigações. O delegado Mario Souza, diretor da divisão, afirmou que ainda não é possível apontar a causa da morte com precisão, que deverá ser definida pela perícia. A suspeita inicial é de que o óbito possa ter ocorrido por espancamento ou por golpe de objeto contundente.
“Aparentemente, ela tinha algumas lesões pelo corpo. Mas ainda não é possível apontar a causa da morte com precisão”, disse o delegado.
Souza afirmou que, além da possibilidade de envolvimento do crime organizado, uma das principais linhas de investigação é a de feminicídio. Nenhum suspeito havia sido preso até a noite desta segunda-feira.
A ocorrência foi atendida por equipes do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), da Polícia Civil e do Instituto-Geral de Perícias (IGP). A área foi isolada para coleta de vestígios, e diligências seguem sendo realizadas na região para identificar a vítima e esclarecer a motivação do crime.
O DHPP reforça que qualquer informação que possa ajudar na identificação da mulher ou na elucidação do caso pode ser repassada de forma anônima à Polícia Civil.
Por João Vitor Mendes | Revisão Daniela Gentil
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