O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, e seu sócio, Anderson Bonetti, foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão, cada um, em regime fechado, por crimes de estelionato. A decisão foi proferida pela Justiça do Rio Grande do Sul e envolve golpes aplicados contra 16 vítimas da cidade de Canoas, na Região Metropolitana da Capital Porto Alegre.
A dupla operava a loja virtual “Tadizuera”, por meio da qual oferecia produtos variados com preços atrativos, abaixo do valor de mercado. No entanto, conforme apontado no processo, as entregas raramente eram feitas, configurando o golpe. As fraudes causaram um prejuízo estimado em mais de R$5 milhões.
Uma das vítimas relatou à CNN Brasil que, em 2022, adquiriu dois celulares e aparelhos de ar-condicionado, acumulando uma perda de aproximadamente R$ 30 mil. Segundo ela, Nego Di chegou a realizar entregas inicialmente para ganhar credibilidade e, depois, anunciou a criação da loja online com o argumento de democratizar o acesso a produtos mais baratos.
O influenciador está em liberdade provisória desde novembro de 2024, após cumprir quatro meses na Penitenciária de Canoas. A defesa de Nego Di, representada pela advogada Camila Kersch, afirmou nesta segunda-feira (10) que vai “interpor todos os recursos cabíveis” contra a decisão. Em nota enviada à CNN, ela declarou que segue confiante na reversão da sentença nas instâncias superiores, alegando “vícios processuais” e destacando o comportamento de seu cliente durante o processo. A defesa de Anderson Bonetti não se manifestou até o presente momento.
A sentença ainda cabe recurso, o MD NEWS acompanha o caso.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
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