Uma tragédia familiar marcou o domingo (25) no oeste de Santa Catarina. Hosana Esmeralda Silva Pegoraro, uma menina de apenas 1 ano e 9 meses, foi morta pelo próprio pai, de 41 anos. O crime ocorreu após uma briga do homem com a esposa no assentamento Santa Rosa 1, na zona rural de Abelardo Luz, próximo à divisa com Faxinal dos Guedes, e chocou a população local pela crueldade e frieza do ato.
De acordo com a Polícia Militar, o homem, após cometer o homicídio, entrou em contato com familiares por telefone e confessou o assassinato da filha. Durante a ligação, ele relatou detalhes do crime e informou o local onde teria deixado o corpo da menina. Segundo ele, a motivação teria sido uma discussão conjugal que terminou em um ato impulsivo e violento. O pai afirmou, ainda, ter enforcado a criança e abandonado o corpo em uma área de mata.
Após a denúncia da família, a polícia iniciou uma operação de busca intensa durante a madrugada de segunda-feira (26). Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, com o apoio de cães farejadores, vasculharam a região por horas. O corpo da menina foi localizado pela manhã, sem vida, na área indicada pelo suspeito.
O autor do crime se entregou por volta da 1h da madrugada, após negociação com a polícia. Ele foi detido e, em seguida, transferido para a cidade de Xanxerê, onde permanece preso à disposição da Justiça. O crime é tratado como homicídio qualificado, e a investigação considera agravantes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que pode aumentar significativamente a pena.
A brutalidade do caso causou comoção entre os moradores do assentamento e de toda a região. Familiares da vítima estão em choque com a perda e a forma como tudo aconteceu. O caso tem mobilizado autoridades e profissionais da saúde mental para prestar apoio aos envolvidos e à comunidade, fortemente abalada.
Hosana Esmeralda agora é símbolo de uma tragédia que escancara a urgência de atenção às dinâmicas familiares e à prevenção de violências dentro do próprio lar. A polícia continua reunindo provas e ouvindo testemunhas para esclarecer todos os detalhes do crime, enquanto a população cobra justiça.
Por: Alemax Melo I Revisão: Thaisi Carvalho
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