A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta segunda-feira (24) que a estatal avalia retomar investimentos robustos em etanol, ampliar a produção de biodiesel e reforçar projetos vinculados a energias renováveis, como eólica, solar e hidrogênio. As declarações foram feitas durante o Eloos, evento realizado pela rádio Itatiaia e divulgadas pela CNN Brasil.
Segundo Chambriard, a Petrobras tem buscado diversificar sua matriz energética e reduzir o impacto ambiental de suas operações. “Estamos pensando fortemente em retorno ao etanol, vamos estar incrementando a produção de biodiesel… nós vamos mais adiante exacerbar nossos investimentos em eólica, solar, hidrogênio etc.”, afirmou.
A executiva destacou que, apesar do avanço dos estudos nessas áreas, projetos de geração solar e eólica ainda são considerados dispendiosos no atual cenário. Por isso, a estatal tem intensificado investimentos em pesquisa e desenvolvimento para avaliar a viabilidade e o ganho de eficiência dessas tecnologias no médio e longo prazo.
Atualmente, a Petrobras é responsável por 31% de toda a energia primária gerada no Brasil, índice que, segundo Chambriard, precisa ser preservado para que a empresa mantenha o protagonismo no setor energético. “Com o país e a demanda de energia crescendo, temos que crescer juntos, porque senão a gente perde a relevância. Então foi acordado ano passado que, até 2050, a Petrobras pretende crescer com o Brasil, mantendo esse nível de 31% de geração de energia primária”, ressaltou.
Chambriard também afirmou que será necessário ampliar o fornecimento nacional de energia primária em pelo menos 60% até 2050, acompanhando o aumento do consumo previsto para as próximas décadas. Para ela, o crescimento da matriz energética brasileira exigirá integração entre combustíveis fósseis, renováveis tradicionais como etanol e biodiesel e fontes limpas emergentes.
A estratégia da Petrobras, segundo a presidente, será equilibrar expansão, descarbonização e competitividade, de forma a garantir o abastecimento interno e a relevância da companhia no cenário global de transição energética.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
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