A polícia de Londres, no Reino Unido, prendeu ao menos 442 manifestantes por apoiarem um grupo pró-palestino proibido durante uma manifestação neste sábado (4), que ocorreu apesar dos pedidos para cancelá-la após um ataque a uma sinagoga na cidade de Manchester.
O atentado na cidade do noroeste da Inglaterra deixou duas pessoas mortas. O agressor, um britânico de ascendência síria, foi morto a tiros pela polícia. Segundo a unidade antiterrorismo, ele pode ter sido motivado por ideologia islâmica extremista.
Mesmo diante do apelo do governo, os organizadores mantiveram o ato, alegando que ele já estava programado para protestar contra o banimento da Palestine Action. O primeiro-ministro Keir Starmer pediu calma nas redes sociais: “Peço a todos que reconheçam e respeitem a dor dos judeus britânicos. Este é um momento de luto, não de tensão.”
“Este é um momento de luto. Não é hora de atiçar a tensão e causar mais dor. É hora de nos unirmos”, escreveu Starmer.
A polícia prendeu 442 pessoas na Trafalgar Square, no centro de Londres, enquanto escreviam slogans em cartazes declarando apoio à Ação Palestina, que foi proibida em julho depois que membros invadiram uma base aérea e danificaram aviões militares. Uma multidão de mais de mil manifestantes aplaudiu os detidos e gritou palavras de ordem contra os policiais.
A polícia afirmou que a operação de sábado exigiu o redirecionamento de forças que haviam sido destacadas para reforçar a segurança em sinagogas e mesquitas, após o ataque de Manchester.
O protesto é o mais recente de uma série de manifestações pró-Palestina que desafiam a proibição imposta pelo governo. A entidade Defend Our Juries, que organizou o ato, condenou o ataque à comunidade judaica, mas criticou o foco policial nos manifestantes.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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