A Polícia Civil de São Paulo identificou o principal suspeito de ter assassinado o empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 35 anos, encontrado morto dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista. O homem, cujo nome não foi divulgado, é um dos seguranças que trabalharam no evento de motos realizado no local no dia do desaparecimento da vítima.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como homicídio doloso. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta sexta-feira (18). Durante a operação, os agentes apreenderam cinco notebooks, sete celulares e 21 munições de calibre .38.
Além disso, quatro pessoas, incluindo o segurança identificado como suspeito, foram levadas à delegacia para prestar depoimento. O homem tem antecedentes criminais por furto e ameaça e também é lutador de jiu-jitsu.
Imagens de câmeras de segurança mostram Adalberto caminhando pelo estacionamento do autódromo momentos antes do desaparecimento.
Segundo o laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML), Adalberto morreu por asfixia. O corpo foi encontrado sem calça e sem tênis, o que levanta hipóteses de agressão. Marcas no pescoço sugerem possível esganadura, mas os peritos também consideram a possibilidade de compressão torácica, como por joelho no peito.
A polícia ainda investiga se o empresário foi morto antes ou depois de ser colocado no buraco, que tinha três metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro.
Um laudo de DNA confirmou que o sangue encontrado no carro da vítima é de Adalberto. Também foi identificado um perfil genético feminino no material coletado, mas que não pertence à esposa da vítima, permanecendo sem identificação até o momento.
Embora o laudo toxicológico não tenha detectado drogas ou álcool no organismo de Adalberto, um amigo relatou que ambos consumiram maconha e cerveja durante o festival de motos.
Relembre o caso
O empresário Adalberto Amarilio Júnior desapareceu na noite de 30 de maio, após participar de um festival de motos no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O corpo foi encontrado em 3 de junho, dentro de um buraco no canteiro de obras do local, por um funcionário da construção.
Adalberto era casado e dono de uma rede de óticas. Desde então, a polícia trabalha com a hipótese de assassinato e busca esclarecer a motivação do crime, além de identificar se há outros envolvidos.
Por: Kátia Gomes | Revisão: Thaisi Carvalho
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