Um policial penal de 42 anos foi morto a tiros por um detento na madrugada deste domingo (3), durante escolta no Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O suspeito, que estava internado sob escolta policial desde o dia 26 de julho, matou o agente durante a tentativa de fuga, roubou o uniforme da vítima e deixou o hospital disfarçado como se fosse um dos agentes da segurança pública.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar (PMMG), o policial penal acompanhava o detento na unidade de saúde. Antes de ser baleado, ele teria entrado em luta corporal com o preso, momento em que o homem conseguiu acessar a arma de fogo. O agente foi atingido por dois disparos, chegou a ser socorrido pela equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos.
Após isso,o criminoso roubou o uniforme da vítima e deixou o hospital disfarçado como se fosse um dos agentes da segurança pública. Na tentativa de fuga, ele pediu ajuda a uma mulher para solicitar um carro de aplicativo, alegando que sua mãe passava mal. Acreditando se tratar de um policial, ela atendeu ao pedido.
A Polícia Militar foi acionada e iniciou uma operação, que contou com apoio do helicóptero Pegasus, para localizá-lo. Ele foi detido em um carro branco, cadastrado em um serviço de transporte por aplicativo. O detento foi preso em flagrante. Com ele, os policiais apreenderam a arma furtada e outras duas, que estavam na mochila do policial penal.
O autor apresentava um corte na testa, cuja origem ainda é investigada, possivelmente ocorrido durante a luta corporal com o policial. Ele foi levado ao Hospital João 23, onde recebeu atendimento médico. Em seguida, foi conduzido à delegacia.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que instaurou um procedimento administrativo interno para apurar o caso. A pasta confirmou que o detento estava custodiado na Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, desde 14 de julho. Ele possui passagens pelo sistema prisional desde 2018, com histórico de envolvimento em crimes como tráfico de drogas, furto, posse ilegal de arma de fogo e homicídio.
O Hospital Luxemburgo também se manifestou. Em comunicado, a unidade afirmou que ativou imediatamente o protocolo de emergência e prestou atendimento ao agente. “As forças de segurança foram acionadas prontamente, e a instituição colaborou integralmente com os órgãos competentes”, destacou. O hospital lamentou a morte do servidor e expressou solidariedade à família e colegas de trabalho.
O caso agora está sob responsabilidade da Polícia Civil, que conduzirá a investigação.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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