VATICANO — A manhã deste domingo (11) marcou um ponto de virada no início do pontificado. Diante de uma Praça de São Pedro tomada por fiéis e peregrinos, o Papa conduziu a primeira oração dominical com o público em um gesto que foi além do simbólico: foi um recado claro de que a nova liderança não pretende perder tempo.
Sem antecipações oficiais ou clima cerimonial, a presença foi direta. O discurso, breve e enfático, focou na urgência da paz e na responsabilidade coletiva diante dos conflitos globais. “Não há mais tempo para discursos vazios”, disse, referindo-se às crises na Ucrânia e na Palestina, e pedindo ações concretas de solidariedade.
Antes da oração, o pontífice celebrou missa nas Grutas Vaticanas, em um momento reservado que não teve transmissão. A sequência da manhã — silêncio e oração seguidos de palavra pública — reforça a marca que começa a se consolidar: espiritualidade com ação, tradição com movimento.
A leitura mais evidente após a aparição de hoje é que o pontificado já está em andamento de forma ativa. A expectativa agora se volta para os próximos dias. Quais serão as primeiras nomeações? Qual o plano para o Jubileu em curso? E que direção será dada aos temas sociais e geopolíticos já citados?
A primeira grande aparição dominical não foi apenas um marco no calendário. Foi uma sinalização clara do ritmo e do estilo que o novo Papa pretende imprimir daqui em diante.
Por David Gonçalves – correspondente internacional na Itália