A Polícia Civil encontrou neste sábado (3) o carro da professora Fernanda Bonin, que foi encontrada morta na última segunda-feira (23) nas proximidades do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. O veículo, que estava desaparecido desde a morte da professora, foi localizado a poucos quarteirões de onde o corpo da vítima foi encontrado e irá passar por perícia.
Na sexta-feira (2) à noite, Fernanda Fazio, ex-esposa da vítima, prestou um novo depoimento à polícia. Ela passou cinco horas na delegacia e saiu do local sem dar declarações. De acordo com os investigadores, Fazio manteve a primeira versão apresentada.
O celular e o veículo de Fazio foram apreendidos e vão passar pela perícia. Ela não é considerada suspeita, apenas testemunha.
Investigação
Duas linhas de apuração estão sendo seguidas. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se o caso foi de assassinato. Já o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) investiga se o crime foi de latrocínio – roubo seguido de morte, tendo em vista que o carro e o celular da professora desapareceram.
No depoimento de Fernanda Fazio, ela relatou como havia combinado de se encontrar com a ex-esposa no dia que ela foi morta. Depois, os investigadores começaram a questionar Fazio sobre alguns pontos do caso.
Na mesma sexta, o grupo de Perfilamento Criminal foi acionado para trabalhar na investigação. A equipe utiliza técnicas de observação e análise comportamental a fim de identificar o autor do crime. Além disso, estudam o perfil da vítima em busca de esclarecer possíveis motivações.
Relembre o caso
Fernanda Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta e com sinais de estrangulamento na manhã de segunda-feira (28), em um terreno baldio nas proximidades do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo.
Ela era professora de matemática em uma escola particular. A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia anônima e a vítima teve o corpo localizado por volta das 10h30 na Avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz.
No local, a vítima estava deitada de costas e um cadarço foi encontrado no pescoço dela, com marcas de estrangulamento.
Desaparecimento
Imagens de câmeras de segurança do prédio onde a professora morava registraram ela saindo sozinha com o carro no domingo por volta das 18h50 da noite.
Em depoimento à polícia, a ex-esposa de Fernanda disse que as duas estavam em processo de reconciliação. O casal tem dois filhos.
A esposa da vítima contou à polícia que informou Fernanda sobre problemas mecânicos que teve no seu carro na região do Jaguaré. Ela enviou a localização à esposa, que saiu para ajudá-la, mas nunca chegou.
Ainda na noite de domingo, sem Fernanda aparecer, a esposa foi até o prédio onde ela residia, mas o porteiro também não tinha informações sobre a vítima. Ela acionou a polícia na manhã seguinte, quando a professora não apareceu para trabalhar.
A conta bancária da vítima não foi movimentada. De acordo com registros da operadora, o celular de Fernanda funcionou até às 9h45 de segunda-feira.
O caso segue sendo investigado para identificar os responsáveis pelo crime.
Por Lorrayne Rosseti | Revisão: Daniela Gentil