Professores da rede estadual de São Paulo iniciaram uma greve nesta sexta-feira (25) em defesa de reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho. Apesar da paralisação, cerca de 70% dos docentes permaneceram em sala de aula, de acordo com o sindicato, a fim de reduzir os impactos para os estudantes.
A mobilização foi organizada pela APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e contou com uma assembleia realizada às 16h no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. Durante o encontro, a categoria avaliou as propostas do governo e debateu os próximos passos do movimento.
Entre as principais reivindicações estão:
- Reajuste de 6,27% nos salários de ativos e aposentados;
- Pagamento do aumento de 10,15% determinado pelo STF desde 2017;
- Distribuição justa, presencial e transparente das aulas disponíveis;
- Recuperação do poder de compra dos vencimentos;
- Climatização das salas devido às altas temperaturas;
- Reabertura de classes desativadas, especialmente no período noturno;
- Garantia do direito à alimentação dos professores nas escolas;
- Contratação direta de profissionais da educação especial, sem terceirização.
Na noite de quinta-feira (24), o governo estadual propôs a criação de uma mesa permanente de negociação para tratar das demandas da categoria. No entanto, os representantes consideram a proposta ainda insuficiente diante das necessidades apresentadas.
Por: Diellen Lisboa l Revisão: Sara Santos
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