A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou a identificação de um segundo suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros na noite de segunda-feira (15), no litoral paulista.
A informação foi divulgada pelo secretário Guilherme Derrite, durante o velório do ex-delegado, realizado nesta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Segundo Derrite, a Polícia Civil chegou ao novo suspeito após análise pericial em um dos veículos utilizados na ação criminosa. “Já identificamos um segundo indivíduo que participou do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Vamos solicitar a prisão temporária dos dois já identificados”, afirmou o secretário.
Mais cedo, o secretário já havia anunciado a identificação do primeiro suspeito, que permanece foragido. “A Polícia Civil está requisitando a prisão desse criminoso e, para a surpresa de ninguém, trata-se de um indivíduo com várias passagens pela polícia, por roubo, tráfico de drogas e atos infracionais desde a adolescência”, declarou Derrite.
Apesar dos avanços nas investigações, o secretário optou por não divulgar os nomes dos suspeitos ou detalhes das participações no crime, para não comprometer o trabalho policial.
As autoridades confirmaram que dois veículos foram utilizados na perseguição que culminou na morte de Ruy Ferraz. Um dos carros, uma caminhonete Hilux, aparece nas imagens das câmeras de segurança perseguindo o veículo do ex-delegado. Após a colisão, os criminosos desceram armados com fuzis e dispararam diversas vezes contra Ferraz, que morreu no local.
O segundo carro, um Jeep Renegade, foi encontrado posteriormente. Segundo Derrite, os criminosos não conseguiram incendiá-lo, e foi dentro dele que a polícia encontrou provas que ajudaram na identificação do segundo suspeito.
Ruy Ferraz dirigia seu carro pela Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas quando perdeu o controle da direção e bateu em dois ônibus. Ele estava em fuga, sendo perseguido por criminosos. Após o acidente, os atiradores o alcançaram, desceram armados e o executaram.Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança.
Embora a Secretaria da Segurança Pública tenha inicialmente apontado o Primeiro Comando da Capital (PCC) como possível autor do homicídio, Derrite optou por não divulgar detalhes sobre a participação de facções, visando preservar a integridade das investigações e evitar interferências externas.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes era uma figura respeitada dentro da Polícia Civil, com vasta experiência em combate ao crime organizado. Sua morte violenta gerou comoção na corporação e entre familiares, além de levantar preocupações sobre a segurança dos agentes de segurança pública no Estado.
Por Kátia Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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