A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, renunciou ao mandato parlamentar após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes anular a decisão da Câmara dos Deputados que havia rejeitado a cassação de seu cargo.
Zambelli está detida em um presídio italiano desde que teve o nome incluído na lista de difusão da Interpol, a pedido da Justiça brasileira, após condenação por crimes cometidos em território nacional.
Mesmo presa, a parlamentar mantinha o mandato, o que gerou repercussão sobre os gastos de seu gabinete, que seguia em funcionamento com assessores remunerados. Em votação realizada na madrugada da última semana, o plenário da Câmara decidiu, por maioria, não cassar o mandato da deputada.
A decisão, no entanto, foi posteriormente invalidada por Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, ao rejeitar a cassação, o plenário da Câmara violou os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade, além de configurar desvio de finalidade. Moraes também destacou que a condenação de Zambelli transitou em julgado em junho de 2025, o que tornaria automática a perda do mandato.
Após a determinação do STF, a Câmara dos Deputados anunciou o nome de Adilson Barroso (PL-SP) como suplente para assumir a vaga.
Diante da decisão judicial, Carla Zambelli anunciou a renúncia ao cargo. O comunicado foi divulgado neste domingo (14) por sua defesa, por meio das redes sociais da parlamentar. Segundo a nota, Zambelli passará a concentrar seus esforços na defesa judicial na Itália.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação MD News
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