As contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registraram um superávit primário de R$ 36,5 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira (26). Esse número, representa uma queda real de quase 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
A informação foi divulgada pelo Ministério da Fazenda. O resultado positivo vem do saldo de R$ 57,4 bilhões do Tesouro Nacional, dos déficits de R$ 20,7 bilhões da Previdência Social e R$ 152 milhões do Banco Central.
Já o resultado de janeiro a outubro deste ano, teve uma queda real de 5,5% na comparação com a mesma época de 2024. Apesar disso, a meta será cumprida ao final de 2025, como explicou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
O desempenho das contas foi decorrente de receitas líquidas — que excluem transferências para governos regionais — de R$ 228,991 bilhões, com alta real de 4,5% em relação ao período anterior, e despesas totais de R$ 192,464 bilhões, com alta de 9,2%, já descontada a inflação. Apesar disso, houve redução do déficit do Regime Geral (RGPS), como detalhou a secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Vargas.
Segundo o Ministério da Fazenda, os números mostram que, apesar do déficit acumulado do governo central, a arrecadação está forte. Para cumprir a meta fiscal de déficit de, no máximo, R$ 31,5 bilhões, como é admitido pelo arcabouço, o governo contingenciou R$ 3,3 bilhões e mantém R$ 7,7 bilhões bloqueados no total.
Por Arthur Moreira | Revisão: Pietra Gomes
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