A Polícia Civil identificou através de imagens gravadas por câmeras de segurança, um homem suspeito de seguir, abordar e assassinar Bruna Oliveira da Silva, estudante de mestrado da USP que foi encontrada morta dia 17 deste mês. A Polícia tenta localizar o suspeito e prendê-lo.
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou a informação nesta terça-feira (22) e está investigando o caso como assassinato, além de buscar esclarecer o motivo do crime.
Câmeras de segurança registraram a estudante Bruna Oliveira da Silva saindo do Terminal Metrô Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, poucos minutos antes de desaparecer no último domingo, dia 13 de Abril. Um homem a persegue e a ataca. Confira no vídeo abaixo:
Morte de Bruna
O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira (17) com marcas de agressão nos fundos de um estacionamento na Zona Leste de São Paulo.
De acordo com familiares, Bruna passou o final de semana na casa do namorado no Butantã, que fica na Zona Oeste de São Paulo. Para voltar para a casa, a estudante pegou um metrô e foi até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha, na Zona Leste.
Chegando na estação, a jovem ligou para a mãe informando que tinha perdido o ônibus e que estava com o celular quase descarregando. A mãe, por sua vez, realizou uma transferência de dinheiro para a estudante voltar de carro de aplicativo.
A última vez que Bruna acessou o celular foi às 22h21. Depois disso, a família não conseguiu mais retorno e a jovem nunca chegou em casa.
Na manhã seguinte, os pais foram até às autoridades relatar o desaparecimento da jovem.
Foi somente na tarde de quinta-feira (17) que o corpo de Bruna foi localizado na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina, Zona Leste. A família fez o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta-feira (18).
Sobre a vítima
Bruna Oliveira da Silva tinha 28 anos e era mãe de um menino de 7 anos. De acordo com a mãe, ela era sua grande inspiração de vida e sempre lutou em prol do feminismo.
“Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia”, lamentou a mãe da jovem, Simone da Silva.
A mãe também descreveu a jovem como alguém cheia de sonhos. Estudiosa, Bruna era formada em turismo e atualmente fazia mestrado na Universidade Estadual de São Paulo (USP).
“Ela era minha princesa. Eu não tenho mais forças para nada, levaram o melhor de mim. Eu quero justiça, eu quero que as câmeras do metrô peguem quem fez isso com a minha filha.”
Florisvaldo Araújo de Oliveira, pai de Bruna, descreveu a filha como uma “criança gigante” e declarou que ela era seu mundo.
“Para mim, ela não vai morrer nunca. Onde eu estiver, ela vai estar do meu lado, porque ela era meu anjo da guarda. Onde eu ia, ela falava: juízo, não pai arrumar confusão.”
Leia também: Vídeo de corpo de estudante da USP circulou antes de ser encontrado pela polícia
Por Lorrayne Rosseti | Revisão: Redação

Márcia Dantas é jornalista, paraense, mãe do Gabriel, esposa do Rafael, e apaixonada pelo movimento e tudo que pulsa forte, pelo colorido. Gosta de abrir espaços para sempre caber mais um. Idealizadora do MDnews, com a missão de informar para transformar.