A Polícia Civil da 124ª Delegacia de Polícia de Saquarema (RJ) concluiu que os jovens Gabriel Gonçalves de Souza, de 28 anos, e Ronan Vieira, de 31, que estavam desaparecidos desde 30 de março deste ano, estão mortos. Os trabalhadores desapareceram após saírem de uma obra em Vilatur, e o carro que usavam foi encontrado carbonizado. No entanto, os corpos ainda não foram localizados.
A investigação aponta que o crime pode ter sido motivado por uma sentença de morte que Ronan Vieira havia recebido de criminosos de Rio Bonito, cidade a 36 km de Saquarema.
Ronan e Gabriel foram vistos saindo juntos do trabalho, quando Ronan foi reconhecido pelos criminosos. A polícia informou que “existem provas de que os dois andaram de carro pela cidade, pararam em um comércio para comprar algumas coisas, depois seguiram e foram abordados. Gabriel foi morto porque estava com Ronan, que tinha problemas criminais”.
A 124ª DP continua as investigações para determinar as causas exatas do crime. A suspeita é de que Ronan estaria envolvido em roubos de carros de luxo. A Polícia Civil também segue em busca do paradeiro dos corpos.
Relembre o caso
Os trabalhadores desapareceram em Saquarema (RJ) após saírem para trabalhar em uma obra localizada na Vilatur, no domingo (30/03). O carro em que Gabriel Gonçalves de Souza (28) e Ronan Vieira (31) usaram para se dirigir até o trabalho foi localizado carbonizado no bairro Bicuíba, sem sinal dos corpos.
Foto: Redes sociais
Segundo a família, o último contato com os jovens foi às 15h do dia 30 de março. A partir das 16h, Aline Brito, esposa de Ronan, tentou contato com ele várias vezes. Na manhã de segunda-feira, ainda sem respostas, ela ligou para a empresa onde o marido trabalhava e foi comunicada de que ele não havia aparecido.
“Eu liguei a madrugada toda para ele e nada de me atender, e as mensagens não chegavam no celular”, relatou Aline.
Em entrevista ao MD News, a irmã de Gabriel, Graziele Gonçalves, contou que inicialmente pensou que os jovens tinham saído para se divertir depois do trabalho. No entanto, ao anoitecer de segunda-feira, dia 31, a família decidiu acionar a polícia.
Sobre os desaparecidos
Gabriel e Ronan eram amigos de longa data. Gabriel, pedreiro, mudou-se de Rio Bonito para Saquarema em busca de melhores oportunidades de trabalho. Descrito pela família como muito trabalhador, ele atuava em uma empresa de obras, mas estava fazendo um trabalho extra desde a sexta-feira, dia 28 de março.
Aline, esposa de Ronan, o descreveu como um “trabalhador honesto de carteira assinada”. Ronan também era pedreiro e residia em Araruama (RJ). No momento do desaparecimento, Aline estava internada em um hospital, em decorrência de um acidente de moto, e aguardava a visita de Ronan, que ia vê-la todos os dias. Na última mensagem que enviou, Ronan disse a Aline que sairia do trabalho, passaria na casa de Gabriel e iria direto para o hospital.
Os boletins de ocorrência foram registrados na manhã de terça-feira, dia 1º de abril. A família de Gabriel fez o registro na Delegacia de Polícia Civil de Saquarema, e os familiares de Ronan, que moram em Rio Bonito, na delegacia daquela cidade.
Por: Lorrayne Rosseti | Revisão: Daniela Gentil
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