O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria rejeitado um plano apresentado por Israel para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. A informação foi publicada neste domingo (15) pela agência de notícias Reuters, com base em fontes do alto escalão do governo americano.
De acordo com um dos informantes, que falou sob condição de anonimato, a justificativa dada por Trump foi a ausência de baixas americanas diretas: “Os iranianos mataram algum americano? Não. Enquanto isso não acontecer, não estamos considerando atingir a liderança política”, afirmou a fonte.
A suposta proposta israelense teria sido feita no contexto de uma série de ataques lançados por Tel Aviv contra alvos iranianos, com o objetivo de frear o programa nuclear do país persa. Autoridades americanas teriam sido informadas de que havia uma chance concreta de eliminar Khamenei, mas o plano acabou sendo descartado por decisão de Trump.
A reportagem destaca que, apesar do veto, os contatos entre Washington e Tel Aviv permaneceram frequentes desde o início das ações militares israelenses. Embora não esteja claro se Trump comunicou pessoalmente a decisão ao governo de Israel, fontes relataram que ele manteve diálogos constantes com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Ao ser questionado sobre o assunto, Netanyahu desconversou durante entrevista ao programa “Special Report with Bret Baier”, da Fox News, neste domingo. “Circulam muitas notícias falsas sobre conversas que nunca existiram. Não vou comentar esse tema”, declarou.
Ainda segundo a Reuters, Trump segue apostando na possibilidade de retomar negociações com Teerã a respeito de seu programa nuclear. Um encontro que estava previsto para acontecer no domingo (15), em Omã, acabou sendo cancelado após a escalada do conflito.
Na sexta-feira (13), Trump já havia dito à própria Reuters que estava ciente de toda a operação israelense. “Sabíamos de tudo”, afirmou o ex-presidente.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Lorrayne Rosseti