Segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Washington e Pequim chegaram a um acordo, na terça-feira (16), sobre o uso do TikTok no país. Antes de viajar para o Reino Unido, ele assinou o quarto decreto prorrogando a aplicação da plataforma de vídeos até 16 de dezembro de 2025. Durante esses três meses, as negociações vão continuar entre os dois países.
“Temos um acordo sobre o TikTok. Cheguei a um acordo com a China, falarei com o presidente Xi na sexta-feira para confirmar tudo”, declarou Trump para os jornalistas que estavam na Casa Branca.
Com funciona o novo acordo?
Anunciado na segunda-feira (15), a negociação entre o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o adjunto do responsável pela Administração Chinesa do Ciberespaço (CAC), Wang Jingtao, durou por dois dias em Madri.
Bessent deu algumas informações importantes: o aplicativo ficará sob controle americano, com entrada ou aumento de capital de um, ou mais investidores norte-americanos. Além disso, a ByteDance, dona do Tiktok, deve confiar a gestão de dados e a segurança dos conteúdos dos usuários aos investidores escolhidos.
Relembre: o que causou isso?
Em 2024, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que obriga a ByteDance — que possui sede na China — a não operar nos Estados Unidos sem que o controle da empresa matriz seja transferido para lá. Porém, a lei não entrou em vigor em 20 de janeiro de 2025, pois a proibição foi suspensa por Trump, já que ele usou bastante as redes sociais para aumentar o engajamento da sua campanha eleitoral.
A criação da lei foi uma resposta direta para as autoridades chinesas não terem acesso aos dados dos usuários no TikTok ou que o algoritmo fosse usado para influenciar a opinião da população através das postagens.
Após um tempo, a plataforma de vídeos curtos admitiu que alguns funcionários chineses tiveram acesso a contas de usuários americanos. Porém, confirmaram que nenhuma informação foi enviada para o governo chinês.
Em junho deste ano, o presidente estendeu o prazo para o TikTok encontrar um comprador não chinês por 90 dias. E ainda disse que tem muitos interessados em comprar a rede social.
Por Pietra Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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