O corpo de Tainara Souza Santos, de 31 anos, foi velado e enterrado nesta sexta-feira (26), no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. Tainara faleceu na última quarta-feira (24), depois de mais uma cirurgia, após ser vítima de um atropelamento na Marginal Tietê, e arrastada por aproximadamente 1km.
Durante o tempo em que esteve hospitalizada, a vítima passou por cinco procedimentos cirúrgicos de grande complexidade, realizados no Hospital das Clínicas. Tainara teve as duas pernas abaixo do joelho amputadas devido a gravidade dos ferimentos.
O funeral foi marcado por alguns protestos em busca de justiça. As pessoas presentes usavam camisetas, exibiam faixas e cartazes exigindo responsabilização aos autores de feminicídio. Uma coroa de flores que estava no local trazia a mensagem: “Que nenhuma mulher seja silenciada. Que sua história seja um grito eterno por Justiça”.
“A gente está aqui pra pedir justiça pela Tainara e pelas outras mulheres que morrem todos os dias. Todos os dias a gente vê no jornal uma notícia. Até quando?”, disse Ingrid Rodrigues Barros, de 27 anos, amiga da jovem, em fala para a imprensa. “Vocês que têm filhos homens, eduquem o filho de vocês”, continuou Ingrid.
Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi detido em 30 de novembro, um dia depois do incidente, e continua preso. Com a confirmação da morte, o caso passou a ser apurado formalmente pelas autoridades como feminicídio consumado, segundo informou o advogado da família, Fábio Costa.
Tainara deixa dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de 7.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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