A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão por falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou nas redes sociais que é uma “exilada política” e agradeceu ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por interceder junto a autoridades italianas em seu favor.
A declaração foi feita por meio de um vídeo divulgado em um perfil alternativo no Instagram, uma vez que Zambelli está proibida de utilizar redes sociais desde junho, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil”, disse Zambelli, ao comentar um vídeo em que Flávio Bolsonaro pede apoio à primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e ao vice-premiê Matteo Salvini para recebê-la no país europeu.
A parlamentar também afirmou que as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos a autoridades brasileiras, embora não tenha citado diretamente a revogação de vistos de ministros do STF ou tarifas impostas pela gestão Trump contribuem para o entendimento do seu caso no exterior. “Se não tivesse acontecido tudo isso, com a sanção, não daria pra entender o que está acontecendo comigo”, declarou.
Zambelli deixou o Brasil após ter a prisão preventiva decretada por Moraes e, desde então, é considerada foragida. A decisão incluiu ainda o bloqueio de suas contas bancárias, perfis em plataformas digitais e a inclusão do nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol.
Apesar da fuga, a defesa da parlamentar alega que ela está à disposição das autoridades italianas. Em entrevista à CNN no início de julho, o advogado Fábio Pagnozzi negou que ela esteja se escondendo e descartou a possibilidade de candidatura na Itália, afirmando que Zambelli pretende se dedicar ao ativismo.
Por Kátia Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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