O conselheiro do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Jason Miller, declarou neste domingo (10) que não vai desistir de luar até que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja libertado.
“Para deixar claro, eu não vou parar, não vou desistir, nunca vou ceder, até que o presidente @jairbolsonaro seja livre!”, escreveu Jason Miller na rede social X em resposta a um internauta que afirmou ser “mais importante o impeachment de Alexandre de Moraes do que libertar Bolsonaro”.
Essa não é a primeira vez que o estrategista de campanha de Donald Trump comenta situações relacionadas ao Brasil. Na última quinta-feira (7), o ex-assessor comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden e disse que o petista teria “cérebro de banana amassada”.
A reação surgiu após publicação de uma entrevista de Lula à agência Reuters. “No dia em que minha intuição disser que Trump está pronto para conversar, não hesitarei em ligar para ele”, disse Lula à agência, de Brasília.
Após a repercussão da fala, Miller escreveu no X que “Lula é o Biden dos trópicos”, em referência aos questionamentos sobre a saúde física e mental de Biden durante o mandato que encerrou ano passado
Já em 22 de julho, Miller criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro de conceder entrevistas que fossem divulgadas nas redes sociais.
Ao compartilhar uma nota do tribunal superior brasileiro, Miller declarou que a ação seria inacreditável. “Alexandre de Moraes novamente leva todo o ‘crédito’ pela perseguição política contra o presidente Jair Bolsonaro. Moraes quer que o mundo inteiro saiba que ELE governa o Brasil, não Lula”, escreveu o norte-americano.
Considerado o braço direito do presidente Trump, Jason Miller tem acompanhado a situação da política brasileira nos últimos anos e chegou a ser detido no Brasil, em 2021, por ordem de Moraes. O empresário, que estava no aeroporto de Brasília na ocasião, foi conduzido para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, o mesmo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro. O estrategista de campanha de Donald Trump permaneceu em silêncio. Em seguida, teve o retorno aos Estados Unidos liberado.
Por Kátia Gomes | Revisão: Laís Queiroz
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