Gabriel Gomes Faria, conhecido como Ratomen, foi morto na noite desta segunda-feira (18) durante uma operação da Polícia Civil na Cidade de Deus (CDD), na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apontado pelas autoridades como traficante, ele era um dos alvos da ação e morreu após confronto armado.
Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a operação resultou na apreensão de uma pistola que estava com Gabriel. Ele chegou a ser socorrido em um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a Polícia Civil, Ratomen era suspeito de envolvimento na morte do agente José Antônio Lourenço Júnior, ocorrida em 19 de maio deste ano, e tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça.
Vida nas redes sociais
Em suas contas no Instagram e no Twitter, Ratomen compartilhava uma rotina marcada por contrastes entre lazer, religiosidade e referências ao crime. Suas publicações incluíam fotos em motocicletas de alta cilindrada e exibição de tatuagens, entre elas uma que cobria todo o braço com figuras dos deuses gregos Zeus e Poseidon.
A religiosidade também era um tema recorrente. Em diversas postagens, agradecia a Deus por “mais um ano na pista” e por “livramentos”, além de reflexões sobre foco e superação.
Ao mesmo tempo, fazia menções diretas ao tráfico. Em agosto, escreveu no Twitter: “para não ser esculachado tive que forma no crime” e “preparado eu ganhei meu porte, hoje eu dou tiro para cara**”*.
Em seus últimos dias, citava ainda sequelas de um acidente que quase o deixou sem andar. Pouco antes de morrer, postou que continuava sentindo fortes dores. No Instagram, uma de suas frases mais repetidas era “nada pode me parar”, registrada em sua última publicação. Após a notícia de sua morte, seguidores ironizaram o lema, comentando: “conseguiram parar você”.
Atuação no tráfico
De acordo com as investigações, Ratomen atuava como gerente de uma boca de fumo no Bairro 13, área da Cidade de Deus controlada pelo Comando Vermelho (CV). A polícia aponta que ele exercia papel de liderança dentro da facção.
A morte de Ratomen reforça a tensão permanente na comunidade, marcada por frequentes confrontos entre traficantes e forças de segurança.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: