O grupo palestino Hamas concluiu, nesta segunda-feira (13), a libertação de todos os reféns israelenses vivos que permaneciam na Faixa de Gaza. O processo ocorreu em duas etapas e envolveu 20 pessoas no total.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, responsável pela operação, os reféns foram transferidos para uma área controlada por militares israelenses e depois levados a uma base no sul do país, onde se reencontraram com familiares.

A entrega cumpre a primeira fase do acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas, que previa a libertação dos sequestrados vivos e, em seguida, dos corpos das vítimas mortas. De acordo com autoridades israelenses, 28 reféns morreram durante os mais de 700 dias de cativeiro.
Assim que os corpos forem entregues, cerca de 1,7 mil prisioneiros palestinos serão libertos e levados para a Faixa de Gaza, encerrando a etapa inicial do acordo.
Quem são os reféns liberados?
Bar Kupershtein
Evyatar David
Yosef-Chaim Ohana
Segev Kalfon
Avinatan ou
Elkana Bohbot
Maxim Herkin
Nimrod Cohen
Matan Zangauker
David Cunio
Chifre de Eitan
Matan Angrest
Eitan Mor
Gali Berman
Ziv Berman
Omri Miran
Alon Ohel
Guy Gilboa-Dalal
Rom Braslabski
Ariel Konio
Netanyahu celebra retorno
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, publicou uma nota saudando os reféns libertados: “Em nome de todo o povo de Israel – bem-vindos de volta! Esperamos por vocês, nós os abraçamos”, escreveu. De acordo com o governo, todos receberam kits com itens pessoais, além de laptops e celulares.
הנשיא טראמפ ואני נפגשנו בכנסת עם משפחות חטופים-חללים, חטופים שבים, פצועי צה״ל, נפגעי פעולות טרור מה-7 באוקטובר ומשפחות שכולות. pic.twitter.com/dMfSalxovL
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) October 13, 2025
Trump chega a Israel
Na manhã desta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou em Tel Aviv e se encontrou com Netanyahu. Os dois discursaram no parlamento israelense antes de seguir para o Egito, onde líderes de 20 países participam de uma cúpula internacional sobre Gaza, marcada para esta tarde em Sharm el-Sheikh, no Egito.
O acordo de paz
Elaborado pelos Estados Unidos e mediado por Egito, Catar e Turquia, o plano de paz estabelece o fim dos bombardeios em Gaza, o recuo gradual das tropas israelenses e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos.
Além da trégua militar, o texto prevê:
- Uma zona econômica especial, com tarifas preferenciais e garantias de segurança supervisionadas por países da região;
- A criação de um “Conselho da Paz”, órgão internacional temporário que administrará Gaza até a formação de um novo governo;
- Início de um programa de reconstrução e reabilitação de infraestrutura com ajuda internacional;
O Hamas, no entanto, não participará da administração do território durante esse período.
Por Marília Duarte | Revisão: Pietra Gomes
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