A nova regra que resulta no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) começou a valer na última sexta-feira (24) e tem como objetivo a arrecadação de pelo menos R$20,5 bilhões a mais este ano e 41 bilhões em 2026. O aumento será aplicado em operações diversas, principalmente em câmbio e empréstimos, além de deixar as compras internacionais do consumidor mais caras.
Alterações no IOF para consumidores:
Câmbio e compras internacionais
Antes: Antigamente em uma compra realizada com o cartão de débito e crédito internacional, o IOF era 3,38%. Já na compra de moeda estrangeira era de 1,1%.
Agora: Para fazer compras internacionais, o consumidor enfrenta um IOF de 3,5% para compra de moeda em espécie e compras internacionais com cartão de crédito e débito. A ideia é padronizar essa cobrança nas duas modalidades de compra.
Previdência Privada (VGBL)
Antes: Não havia uma taxa especial para quem fazia aportes altos em planos de previdência privada, como o VGBL.
Agora: Se você fizer aportes mensais acima de R$ 50 mil, será cobrado 5% de IOF. O governo explica que isso visa corrigir uma distorção, já que pessoas de alta renda usavam o VGBL como uma forma de investimento com tributação muito baixa.
Alterações no IOF para as empresas:
Empréstimos e financiamentos
Antes: Na contratação de empréstimos as empresas pagavam 0,38% no IOF com uma taxa diária de 0,0041% e teto de 1,88% ao ano.
Agora: Com um aumento significativo de 95% na contratação com taxa diária de 0,0082% e teto de 3,95% ao ano. Isso tudo pode encarecer o custo do crédito para as empresas, especialmente quando precisam financiar suas operações através de empréstimos.
Simples Nacional
Para empresas de regime simples nacional o aumento de IOF também foi aplicado e foi de 38% para 98% e pode gerar impacto para as pequenas empresas.
Dicas para os consumidores:
Uma boa estratégia para minimizar os efeitos do aumento do IOF é:
-Realizar compras preferencialmente em sites que aceitam pagamentos via PIX.
-Utilizar programas de pontos e fidelidade do cartão de crédito.
-Monitorar o dólar para planejar compras internacionais com antecedência, aproveitando o melhor momento para comprar.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação
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