O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “está inclinado a expandir a ofensiva em Gaza e a tomar todo o enclave palestino”, conforme informou a emissora israelense Canal 12 nesta segunda-feira (4). A informação teria partido de um integrante do gabinete do premiê.
Segundo o canal, está prevista para esta semana uma reunião entre Netanyahu e seu gabinete de Segurança, onde serão discutidos os próximos passos da ação militar israelense contra o grupo palestino Hamas. A discussão ocorre após o que autoridades israelenses classificaram como o “colapso das negociações indiretas de cessar-fogo”.
As conversas, mediadas por Catar e Egito e conduzidas em Doha, buscavam viabilizar uma proposta de trégua com o apoio dos Estados Unidos. O plano previa um cessar-fogo temporário de 60 dias, durante o qual seria permitida a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Em troca, o Hamas libertária cerca de metade dos reféns ainda vivos, estima-se que aproximadamente 20 pessoas sigam em cativeiro. E, Israel por sua vez, soltaria prisioneiros palestinos.
O conflito entre Israel e o Hamas já ultrapassa a marca de 60 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo autoridades locais. Imagens recentes de crianças severamente desnutridas têm gerado comoção internacional e aumentado a pressão sobre os governos envolvidos para a implementação de um acordo que permita a entrada urgente de ajuda humanitária no território sitiado.
Líderes mundiais seguem apelando por um cessar-fogo duradouro, enquanto cresce o temor de uma ofensiva total israelense em Gaza, medida que, segundo especialistas, pode resultar em uma catástrofe humanitária ainda maior.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Laís Queiroz
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