O Brasil foi convidado para liderar, ao lado de Senegal, um dos grupos de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) que irão discutir a criação do Estado Palestino. A decisão faz parte dos preparativos para a Conferência Internacional sobre a Questão da Palestina, prevista para junho de 2025.
O evento será copresidido por França e Arábia Saudita e contará com oito grupos temáticos. A participação será aberta a todos os Estados-membros da ONU e representantes do sistema das Nações Unidas. Segundo o Itamaraty, o convite ao Brasil demonstra confiança na tradição diplomática do país.
A ideia é retomar o debate sobre a chamada solução de dois Estados – ou seja, a criação de um Estado palestino que coexista pacificamente com Israel. Esse modelo é respaldado por resoluções da própria ONU desde 1947.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se posicionado de forma firme em relação ao conflito no Oriente Médio. Durante visita recente a Moscou, afirmou que a ONU tem falhado em sua missão de manter a paz e classificou os ataques de Israel contra Gaza como genocídio.
Com o novo papel, o Brasil amplia sua presença em temas-chave da política global e se apresenta como potencial mediador em uma das disputas mais antigas e delicadas do cenário internacional.
Por Davi Gonçalves, correspondente MD News na Europa