O Instituto Médico Legal (IML) concluiu na manhã desta quinta-feira (10) a exumação da cachorra cuidada por Elizabete Arrabaça, acusada de envenenar e matar a nora, a professora de pilates Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto (SP). O procedimento ocorreu na casa dos pais de Larissa, onde o animal foi enterrado.
De acordo com a Polícia Civil, o objetivo é esclarecer se o animal também foi vítima de envenenamento. O material coletado foi encaminhado para análise toxicológica na capital paulista. Ainda não há previsão para a finalização do laudo parcial da exumação.
Relembre o caso
A professora de pilates Larissa Rodrigues foi achada morta em março no apartamento em que morava em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Inicialmente, o caso foi registrado como morte suspeita e, em seguida, laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a presença de “chumbinho” em seu corpo. O exame necroscópico descartou sinais de violência, mas apontou que ela teve lesões no pulmão e no coração, assim como a irmã de Garnica, Nathalia, que morreu aos 42 anos após um infarto em fevereiro, um mês antes da morte de Larissa.
Devido a proximidade dos casos, a Polícia Civil resolveu exumar os restos mortais de Nathalia e concluiu que ela também morreu por uma ingestão de “chumbinho”. Para a investigação, a confirmação da causa da morte de Nathalia Garnica pesou no caso de Larissa.
O inquérito policial sobre o assassinato de Larissa Rodrigues concluiu que o marido dela, Luiz Antônio Garnica, foi o mentor do crime. Já a mãe dele, Elizabete Arrabaça foi a executante. A investigação apontou que o crime foi motivado por razões financeiras.
Morte da cachorra
Aproximadamente 15 dias antes do falecimento de Nathália Garnica, sua cadela de estimação, chamada Babi, também veio a óbito, no fim de janeiro deste ano. A principal investigada no caso é Elizabete, mãe de Nathália, apontada pela polícia como possível autora do envenenamento da filha. A suspeita da Polícia Civil é que ela teria testado a substância na cadela antes de envenenar Nathalia e a nora, Larissa Rodrigues.
Ao fim da exumação da cachorra, o delegado Fernando Bravo afirmou que foram encontrados ossos e pelos do animal, que estava em avançado estado de putrefação.
“Nós fizemos a exumação da cachorra, estava em avançado estado de putrefação, foram localizados alguns ossos e um pouco de pelo. Esse material já foi coletado pela perícia e vai ser encaminhado a São Paulo para fazer exame toxicológico”, afirmou Bravo, ao G1 Ribeirão e Franca.
O advogado João Pedro Soares Damasceno, que defende Elizabete, acompanhou a exumação e destacou que a cliente nega que tenha matado a cachorra. “Eventual laudo que venha a ser concluído, inclusive pela inconclusividade, significa que não se pode ter uma certeza do envenenamento ou não do animal. Isso para todos os fins, a Elizabete é inocente. Vamos aguardar os demais passos”, comentou.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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