A China voltou a chamar atenção do mundo, desta vez, ao enviar quatro ratos vivos para a estação espacial Tiangong, conhecida como “Palácio Celestial”. Oficialmente, o objetivo é estudar o comportamento de mamíferos em microgravidade. Mas, nos bastidores, a missão levanta dúvidas sobre o verdadeiro propósito do experimento.
Fontes ligadas a centros de pesquisa aeroespacial indicam que os roedores poderão permanecer por meses em órbita, sendo observados quanto à reprodução e adaptação física em condições extremas.
A expectativa é que, ao retornarem à Terra, esses animais sejam colocados em contato com outros de sua espécie, permitindo que cientistas avaliem possíveis alterações genéticas e comportamentais após o período no espaço.
Embora o governo chinês não tenha confirmado oficialmente essa etapa, o experimento reforça a percepção de que Pequim está testando limites éticos da biologia fora da Terra, em um movimento que mistura ciência, poder e estratégia global.
O lançamento da nave Shenzhou 21, realizado em 31 de outubro, levou também o astronauta mais jovem da história do programa espacial chinês. O voo alcançou acoplamento recorde com a estação, em apenas três horas e meia, consolidando o domínio tecnológico da China na nova corrida espacial.
Seja no espaço ou na Terra, uma coisa é certa: a China quer estar sempre em primeiro lugar. Em uma disputa direta com os Estados Unidos, o país não apenas exibe poder e influência, como reforça a busca por hegemonia global, inclusive em territórios onde poucos ousam competir.
A população mundial, no entanto, reage com desconfiança. Teorias sobre experiências biológicas em segredo voltam à tona, especialmente após o trauma da pandemia da Covid-19, que, vale lembrar, também foi cercada por suspeitas de origem em experimentos com animais.
Apesar de o governo chinês ter negado repetidamente qualquer irregularidade, o passado alimenta novas interpretações sobre as intenções por trás das missões espaciais do país.
E, enquanto os ratos flutuam no “Palácio Celestial”, a dúvida continua ecoando aqui embaixo: até onde a China está disposta a ir para provar que é, de fato, a potência número um do planeta?
Por David Gonçalves | Revisão: Daniela Gentil
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