A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) registrou uma queda de 16% no consumo de café em abril em comparação a dados do mesmo período no ano de 2024. A razão tem relação com a alta histórica no preço do café na prateleira do consumidor nos últimos meses, que chegou à margem de 80% nos últimos 12 meses e 110% nos últimos quatro anos.
O Instituto Datafolha revelou em pesquisa que 49% reduziram o consumo de café, motivados pela alta do preço do produto que teve a maior inflação em 30 anos, de acordo com dados do IBGE.
Somando as vendas de janeiro, fevereiro, março e abril de 2025, os dados mostram uma queda de 5% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2024. Esses números são referentes a compras no varejo, que segundo dados da Abic representa de 73 a 79% do consumo dentro do próprio país.
As altas nos preços por tipos de cafés representam para café solúvel (+85%) sendo o produto que mais subiu de preço nas prateleiras, seguido do tipo Gourmet com (+56%), Tradicional/Extraforte (+50%), Especial (+42,3%) e Superior (+29%).
Por que o café ficou tão caro
O clima dos últimos anos afetou muito as plantações. Além da seca, o calor e geadas fizeram com que as plantas, para se proteger, interrompessem o desenvolvimento dos frutos.
A produção global de café também teve problemas e países como o Vietnã, por exemplo, enfrentaram dificuldades climáticas e tiveram quebra na safra.
O custo do transporte também aumentou por causa dos conflitos no Oriente Médio, o que elevou os preços para exportar o café.
Além disso, o café brasileiro tem ganhado espaço em novos mercados internacionais. Com mais café sendo vendido para fora, a oferta interna diminui e os preços acabam subindo.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação
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