Denuncias contra professores trouxe à tona uma realidade alarmante no sistema educacional do Distrito Federal. Nos últimos meses, foram registrados 3.997 procedimentos de investigação contra servidores da rede pública. Essas investigações têm como objetivo verificar possíveis irregularidades cometidas por esses profissionais, casos como estelionato, agressões, incitação ao crime e discriminação racial, entre outros.
Segundo a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), entre janeiro e junho de 2025, foram encaminhados cinco processos administrativos com sugestão de demissão à Controladoria-Geral do DF (CGDF), responsável por analisar e julgar essas penalidades. Até o momento, nenhuma demissão foi publicada neste ano. Além disso, neste mesmo período de 2024, houve a demissão de um servidor e o envio de 12 processos administrativos com recomendação de demissão à CGDF.
A SEEDF afirma, ainda, que todos os processos seguem os princípios da legalidade, impessoalidade e eficiência, com base na Lei Complementar nº 840/2011, que rege os servidores públicos civis do Distrito Federal. Só após a conclusão dessas investigações é possível determinar se há elementos suficientes para abertura de um processo disciplinar com sugestão de demissão, garantindo o direito à defesa do servidor.
Em abril deste ano, o Portal G1 publicou uma série de denúncias feitas por pais às escolas, envolvendo queixas de beliscão, arranhões e ameaças dos alunos referente aos professores. Um dos casos mais alarmantes aconteceu no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, na Asa Sul. O aluno (9 anos), que tem autismo, baixa visão e atrofia cerebral, segundo a família, sofreu um arranhão. Conforme a mãe, a professora puxou ele pela gola da camiseta, e então ele sofreu um arranhão no braço.
A mãe afirmou, ainda, ter trocado mensagens com a professora. No entanto, ela confirmou que puxou o menino pela blusa, na verdade para não machucá-lo: “Eu só pego meus alunos assim, pela blusa”, disse a professora, segundo a família. A Secretaria de Educação do DF disse que vai investigar o caso.
A recorrência de casos de agressão nas salas de aula despertam a insegurança nos pais e responsáveis, além do anseio de que a justiça seja feita.
Por Yasmin Barreto | Revisão: Daniela Gentil
LEIA TAMBÉM: Escândalo Real: Filho da princesa da Noruega é acusado de estupro e agressões sexuais