A monarquia norueguesa enfrenta o maior escândalo criminal de sua história recente. A polícia de Oslo apresentou 23 acusações formais contra Marius Borg Hoiby, filho da princesa herdeira Mette-Marit. Entre os crimes listados estão dois estupros, quatro agressões sexuais, agressões físicas e outros atos de violência e dano.
As denúncias envolvem ao menos 20 mulheres, segundo estimativas da imprensa local. Os abusos teriam ocorrido entre 2019 e 2022, com base em provas como mensagens, depoimentos e mandados de busca. Hoiby, de 28 anos, é enteado do príncipe herdeiro Haakon. Ele não possui título real, mas cresceu sob os holofotes da realeza.
De acordo com a promotoria, as vítimas incluem ex-parceiras e mulheres com quem ele manteve relações ocasionais. Marius já havia sido investigado por violência doméstica e por descumprimento de ordens judiciais.
As acusações tiveram forte repercussão na Noruega, país reconhecido por seus baixos índices de criminalidade e políticas rigorosas de proteção às mulheres. O contraste entre a gravidade dos crimes e a imagem pacífica do país ampliou a cobertura da imprensa europeia.

O Palácio Real declarou apenas que acompanha o caso, sem comentar os desdobramentos. A defesa do acusado afirma que ele tem cooperado com as investigações e “leva o caso a sério”, embora negue as acusações mais graves, como os estupros.
O processo foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá decidir nas próximas semanas se oferece denúncia formal. Caso seja condenado, Marius pode pegar até 15 anos de prisão por cada crime de estupro.
Por David Gonçalves – Correspondente MD News na Itália | Revisão: Daniela Gentil
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