Mães atendidas na maternidade do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HMSM), localizado na região da Aclimação, zona sul da capital, foram transferidas para um hospital no extremo oeste da cidade. O encerramento do atendimento às gestantes na unidade pública ocorreu no dia 31 de julho.
Com o fechamento, mulheres que realizavam acompanhamento pré-natal no HMSM passaram a ser encaminhadas para o Hospital Saint Patrick, uma instituição privada localizada a cerca de 20 quilômetros de distância. A contratação foi feita por meio de pregão eletrônico, no qual a Prefeitura considerou o menor valor apresentado pela empresa como critério para a escolha.
O contrato, no entanto, está sendo questionado. O vereador Hélio Rodrigues (PT) apresentou uma representação ao Tribunal de Contas do Município (TCM) pedindo a apuração de possíveis irregularidades no processo. O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) também criticou a decisão, alegando que o HMSM tem capacidade para realizar partos e que uma “UTI Neonatal de excelência” está sendo fechada.
Em nota enviada ao portal Metrópoles, a Prefeitura afirmou que “todas as servidoras gestantes continuarão tendo assistência garantida para o atendimento de obstetrícia” e que a reorganização do serviço permitirá a otimização dos leitos hospitalares para outras especialidades.
A gestão municipal também declarou que a contratação do Hospital Saint Patrick atendeu a todos os requisitos técnicos do edital e foi conduzida de forma transparente, com a publicação de todos os atos decisórios. Segundo a Prefeitura, puérperas e recém-nascidos seguirão em acompanhamento nos ambulatórios central e descentralizados do HSPM após a alta hospitalar.
A mudança ainda gera debates entre gestão pública, entidades de classe e representantes do Legislativo.
Por: Kátia Gomes | Revisão: Thaisi Carvalho
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