Motivo do desligamento provisório não foi revelado oficialmente pela emissora; jornalistas retornam ao programa Linha de Passe hoje (10)
O jornalista Gian Oddi comentou em seu Instagram sobre o afastamento dele e de outros cinco jornalistas do programa Linha de Passe, da ESPN. Além dele, Dimas Coppede, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares foram afastados. Na segunda, eles comentaram as denúncias apresentadas pela revista Piauí sobre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Segundo Oddi, o canal alegou “que a direção precisa estar preparada para as consequências para poder argumentar, e que certos processos precisam ser seguidos — o que não aconteceu”. De acordo com F5, da Folha, não houve aviso prévio do mote do programa ao comando de jornalismo da ESPN.
O comentarista entende que o retorno ao programa garante a possibilidade de análises sem restrições: “Se eu volto ao Linha de Passe, é porque tenho a consciência de que vamos poder continuar falando as coisas da maneira como sempre falamos, com a liberdade que sempre tive desde que entrei na ESPN, há mais de 15 anos, contratado pelo José Trajano.”
A informação sobre o afastamento causou impacto. O site UOL afirmou que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, não gostou do programa e pediu que a emissora tomasse providências.
Por meio de sua assessoria, a CBF informou que “respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade e não pede interferências de nenhum tipo na linha editorial de veículos de comunicação. Qualquer narrativa diferente desta é mentirosa e leviana”. Mesmo assim, o UOL mantém sua informação.
Já a ESPN não informou oficialmente a decisão. Segundo o site F5, da Folha, a emissora cogita divulgar uma nota, e colegas dos jornalistas estão revoltados.
Devido ao afastamento, o programa teve remanejamento de comentaristas, e as escalas de transmissões foram alteradas.
Ednaldo processa jornalista e se incomoda com Galvão
Anteriormente, Ednaldo processou o jornalista Cappelanes por calúnia, injúria e difamação, em 2024. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia, e o jornalista da Band se tornou réu. Ele havia chamado o presidente da entidade de “frouxo”, após o atentado contra o ônibus do Fortaleza.
Segundo o UOL, Ednaldo também não gostou dos comentários de Galvão Bueno. Na mesma segunda em que ESPN comentou as denúncias, o narrador chegou a pedir que o Ministério Público faça investigação do caso. Ainda assim, a Band — canal que exibe o Galvão e Amigos — não afastou Galvão nem Cappelanes do Jogo Aberto.
As informações da revista Piauí, que citam o fim de treinamentos quinzenais para arbitragem, aumento de salário de presidentes de clubes e casos de assédio moral abalaram os fãs de futebol. Especialmente após uma rodada do Brasileirão marcada por várias polêmicas de arbitragem.
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